Entra em vigor hoje o novo decreto contra a segunda onda do coronavírus na Itália. Cinco dias após a entrada em vigor do anterior, com a obrigatoriedade do uso de máscaras também em locais abertos, chegam novas restrições. Neste domingo o país bateu novo recorde de contágios pelo quinto dia consecutivo: 11.705 casos. Ocorreram ainda 69 mortes relacionadas a covid-19.

“O novo decreto deve nos permitir enfrentar a nova onda de contágios que atinge gravemente a Itália e a Europa. Não podemos perder tempo, devemos implementar medidas para evitar um lockdown generalizado que poderia comprometer seriamente a economia”, disse o Primeiro-ministro Giuseppe Conte.

“As atividades escolares continuam presenciais. Para o ensino médio, serão privilegiadas formas flexíveis de organização das atividades pedagógicas com alunos que chegam a partir das 9h e possíveis turnos à tarde”, acrescentou Conte. Espera-se que as universidades implementem planos de organização de ensino de acordo com as necessidades de treinamento e a evolução do quadro pandêmico.”

O decreto prevê ainda o trabalho em sistema home office para funcionários da administração pública e a obrigatoriedade da realização de reuniões somente em modalidade virtual. Também foram proibidas as atividades de esportes de contato em escolas de formação. Pelo menos um milhão de crianças e jovens não poderão praticar atividades esportivas de contato, segundo as estimativas. Academias e piscinas terão uma semana para se adaptarem aos protocolos já existentes, caso contrário terão que suspender as atividades também.

Os restaurantes poderão ter mesas de no máximo seis pessoas com funcionamento previsto para o horário compreendido entre 5h e meia-noite. A mesma regra vale para os bares, que não poderão vender alimentos e bebidas para consumo externo a partir das 18h. Os prefeitos teriam resguardo da lei para tomarem medidas mais restritivas, como fechamento de praças e parques, dependendo do avanço dos casos. Neste ponto, houve reação dos prefeitos afirmando que o governo central estaria transferindo responsabilidades aos municípios e o trecho acabou sendo retirado do decreto.

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