A União Europeia contestou nesta quarta-feira (27) as declarações do CEO da Astrazeneca, Pascal Soriot, e pediu a liberação da cláusula de sigilo para a publicação do contrato. Este é o resultado da polêmica sobre o alegado descumprimento da farmacêutica com a UE e da entrevista com Soriot no jornal italiano La Repubblica, em que o número um da empresa insistiu que não há obrigação contratual com a União Europeia.

Fontes da UE disseram que a produção de doses não deve se limitar à fábrica na Bélgica, mas pode ocorrer também no Reino Unido. Está consumado o cabo-de-guerra entre a União Europeia e a AstraZeneca. “Fomos bastante específicos com a UE. Também estamos decepcionados, pois gostaríamos de poder produzir mais. Em fevereiro entregaremos uma quantidade satisfatória para a Europa, semelhante a outros produtores. Estamos trabalhando 24 horas por dia, sete dias por semana para resolver problemas”, disse o CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, sobre os atrasos na entrega das vacinas anti-covid. 17 milhões de doses estão planejadas para a UE até o final de fevereiro e 2,5 milhões delas para a Itália.

Atrasos que agora se tornaram um confronto público com a UE. As três fábricas britânicas da Astrazeneca poderão abastecer outros países, mas não antes dos planejados 100 milhões de doses serem entregues ao Reino Unido. Isso foi relatado por fontes do governo britânico citadas pelo jornal The Telegraph. “Este é um acordo comercial. Essas doses são para nós e não irão a lugar nenhum, até que 100 milhões de doses sejam entregues ao Reino Unido”, relata a fonte governamental, na esteira da polêmica gerada pelos supostos atrasos na Astrazeneca. fornecimento da vacina Oxford para a União Europeia.

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