Na noite desta quinta-feira (06/08), o presidente americano Donald Trump assinou duas ordens executivas que podem banir o funcionamento dos aplicativos chineses TikTok e WeChat no país em 45 dias. O comunicado emitido pela Casa Branca afirma que os envolvidos serão proibidos de realizar qualquer transação com empresas e cidadãos dos EUA.

O TikTok, pertencente à ByteDance, e o WeChat, da chinesa Tencent, só poderão manter o funcionamento nos Estados Unidos se forem comprados por empresas americanas. A alegação de Trump e dos Senadores, que votaram ontem (06/08) para a proibição do TikTok em celulares fornecidos pelo governo americano, é a de que o aplicativo fere a segurança nacional ao passar dados dos usuários norte-americanos ao governo chinês.

Segundo o Financial Times, a gigante Microsoft estuda a compra das operações do TikTok nos Estados Unidos e no mundo.

EUA X China

A polêmica, no entanto, faz parte de uma série de conflitos políticos e diplomáticos entre China e Estados Unidos. A tensão envolve as acusações contra a rede de 5G da Huawei; o fechamento do Consulado Chinês em Houston, no Texas; as penalizações de autoridades chinesas devido ao tratamento dado à minoria de muçulmanos uigures em Xinjiang e a implementação da lei de segurança nacional em Hong Kong.

Em comunicado oficial, o TikTok rebateu as acusações. A empresa se diz “chocada” e afirma que a decisão não seguiu os devidos processos legais. A assessoria brasileira do aplicativo também se posicionou e disse que a Ordem Executiva “estabelece um precedente perigoso para o conceito de liberdade de expressão e mercados abertos”. A empresa garante que buscará “todos os recursos disponíveis para garantir que o Estado de Direito não seja descartado”.

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