Um medicamento anticalvície pode reduzir o avanço do coronavírus pois a covid-19 atinge mais os homens carecas. Este é o resultado de um estudo realizado pela Universidade de Yale, dos Estados Unidos, e pela Universidade Marconi, da Itália. A pesquisa começou em fevereiro e foi publicada em abril. As análises apontaram que a doença atingiu 58% de homens e 42% de mulheres.

Além disso, crianças são menos propensas a desenvolver a doença. E dos pacientes do sexo masculino, o estudo concluiu que para cada quatro homens infectados hospitalizados, três eram calvos. De acordo com o pesquisador italiano Torello Lotti, um dos autores do estudo, este indicativo pode ser muito importante na busca por um tratamento eficaz contra a doença. O mecanismo dos receptores hormonais que provocam a calvície é também um dos principais a estabelecerem uma propensão ao agravamento dos efeitos do coronavírus.

Outro estudo com 122 pacientes masculinos com covid-19 internados em hospitais de Madrid, na Espanha, 79% eram carecas, quase o dobro da frequencia da população. Outro estudo na Espanha observou uma super-representação semelhante de calvície entre homens hospitalizados com covid-19.

A calvície masculina está fortemente associada a um nível mais alto de di-hidrostestosterona (DHT), um derivado mais ativo da tostesterona e um dos andrógenos da família dos hormônios sexuais masculinos. Confirmar esta correlação entre calvície e suscetibilidade ao covid-19 com amostras maiores, controlando a idade e outras condições, permitirá concluir que um nível mais alto de DHT pode ser um fator de risco grave para covid-19.

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