O destino da proposta da Comissão Europeia que regulamenta o chamado “vinho sem álcool” (com teor alcoólico não superior a 0,5%) ou “parcialmente alcoolizado” (com teor alcoólico entre 0,5% e 9%) será decidido no próximo dia 23 em Estrasburgo. Uma proposta de regulamento da UE que visa promover um ramo de mercado em rápido crescimento e no qual o mundo agrícola está dividido. Dois representantes da região italiana do Vêneto, Alberto Bozza e Elisa Venturini, assinaram um documento pedindo que o governo se comprometa a aprovar duas recomendações relativas ao novo regulamento.

A primeira é a criação de uma categoria especial, reconhecível com o termo “bebida”, de forma a ajudar os consumidores a distinguir imediatamente os diferentes produtos, com e sem álcool. Em segundo lugar, é necessário evitar a eliminação parcial do álcool dos vinhos IGP e DOC, a fim de continuar a proteger as denominações de origem mais populares. O pedido foi assinado por várias associações comerciais italianas e aprovado pelo conselho regional do Vêneto. Na Itália, um produto para ser chamado de vinho deve ter uma graduação alcóolica de pelo menos 9%, com algumas exceções relacionadas a denominações particulares.

Na Europa, alguns países já aprovaram leis nacionais que permitem a produção e comercialização de bebidas não alcoólicas à base de vinho, como aconteceu na Espanha e na Alemanha. A demanda por produtos não alcoólicos ou com baixo teor de álcool está aumentando na Europa. Desde que a discussão sobre vinho sem álcool começou, várias associações na Itália se opuseram ao que consideram uma aberração.

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