Em toda a Europa, mais de 700 mil novas infecções foram registradas na última semana, anunciou a OMS, o maior aumento semanal desde o início da pandemia. Mais da metade dos novos casos na região foram registrados no Reino Unido, França, Rússia e Espanha. Há um novo registro diário de infecções também na Alemanha: pela primeira vez em 6 meses, o Instituto Robert Koch relatou um número de casos confirmados superior a 5.000 esta manhã. Nas últimas 24 horas, mais precisamente, foram registradas 5.132 novos contágios, enquanto no dia anterior foram 4.122. Desde o início da pandemia, 334.585 pessoas foram infectadas na Alemanha. O número de vítimas fatais também aumentou de 13 para 40. Ao todo, as mortes de Covid na Alemanha foram de 9.677. A chanceler alemã, Angela Merkel, olha “com grande preocupação” para os dados e acredita que tanto o bloqueio quanto a sobrecarga das unidades de saúde devem ser evitados.

Na França, a segunda onda de outono continua. Já são quase 800 mil contagiados e nas últimas semanas tem havido um aumento muito forte das infecções diárias, sempre acima de dez mil, com picos superiores a vinte mil. Este aumento de diagnósticos foi acompanhado por um crescimento preocupante de internações e ocupações em leitos de terapia intensiva. Esta noite o chefe de Estado, Emmanuel Macron, se dirigirá aos franceses para anunciar uma série de medidas ainda mais restritivas do que as já implementadas na tentativa de conter a doença.

Dentre as medidas que poderão ser anunciadas está também a de uma série de toques de recolher locais nas áreas mais afetadas pelos contágios. No entanto, é certo que a principal intenção de Macron é evitar um novo lockdown que criaria problemas econômicos muito sérios. “Não se trata de agir por duas semanas, de fechar tudo a qualquer momento. Precisamos de medidas muito mais longas e estruturais”, dizem fontes próximas ao presidente, para as quais “os franceses precisam de clareza no médio e longo prazos.

No Reino Unido os números são alarmantes: 17.234 casos e 143 vítimas em um único dia. Uma chuva de críticas cai sobre o governo de Boris Johnson após o anúncio das restrições em três níveis, porque ele ignorou um alerta de um especialista há três semanas – o prefeito de Londres acredita ser inevitável que na capital haverá um aperto no próximos dias.

Depois de mais de 7 mil contágios em 24 horas, a Holanda decidiu fechar bares e restaurantes a partir de hoje e por pelo menos quatro semanas para evitar a superlotação nos hospitais, enquanto deixa as escolas abertas com a exigência de máscara: “A educação é muito importante “, diz o primeiro-ministro Mark Rutte. Também na República Tcheca: bares e restaurantes fecham de amanhã a 3 de novembro. Para também a venda de bebidas alcoolicas em locais públicos.

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