Os efeitos do coronavírus sobre a economia europeia são preocupantes. Um dos setores que mais movimenta recursos e empregos é o automotivo. Dados divulgados na Itália apontam para uma redução de 85 por cento nas vendas no mês de março. A média europeia de diminuição de vendas de veículos chegou a 51 por cento. Somente no último mês deixaram de ser comercializados quase um milhão de veículos no continente.

Ontem a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, pediu desculpas à Itália durante discurso no Parlamento Europeu em nome do bloco de 27 países. Isto porque, no início da pandemia, não houve ajuda dos demais membros do grupo gerando uma grande insatisfação das autoridades italianas e aumentando por aqui um sentimento antieuropeu.

Lombardia, Piemonte, Vêneto e Sicilia pressionam o governo central para a reabertura do país no dia quatro de maio, data prevista para o fim do lockdown pelo decreto em vigor. Como a regionalização tem muito peso na Itália, algumas regiões não descartam a tomada de medidas isoladas, algo que vem sendo criticado pelo Primeiro Ministro Giuseppe Conte. Os sindicatos também entraram em campo e querem um protocolo de segurança para os trabalhadores a fim de evitar um novo crescimento de contágios. Até porque continua caindo o número de internados com coronavírus na Itália. Nas últimas 24 horas, 750 vagas foram abertas nos hospitais por pacientes que tiveram alta. Já o número de mortos ontem foi de 525, elevando o total de vítimas fatais pelo covid-19 para 22.170.

Foto: Imprensa Wolkswagen