No momento não existem vacinas comercialmente disponíveis contra Sars-CoV-2, embora no dia 25 de junho a Comissão Militar Central Chinesa tenha aprovado, por apenas um ano e para militares, o uso da vacina feita pela Cansino Biological. Na Rússia, a vacina candidata do Instituto Gamaleya de Moscou recebeu aprovação regulatória antes de concluir os testes em humanos. Mas, atualmente, de acordo com os resultados da OMS, da London School of Hygiene and Tropical Medicine e do NIH, as vacinas candidatas são no total 249: 19 baseadas no DNA, 32 no RNA, 52 no vetor viral, 18 no vírus atenuado ou inativado , 77 em proteínas, 15 em partículas semelhantes a vírus e 36 em outras plataformas ou para as quais não há detalhes disponíveis. O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas ‘Lazzaro Spallanzani’, da Itália, especifica estes dados em um comunicado. Além disso, 48 candidatas estão em fase clínica e 9 alcançaram a fase 3 ou 2/3 dos testes em humanos.

O próprio Spallanzani colabora com as empresas italianas ReiThera e Takis, que estão trabalhando em duas plataformas diferentes para criar o máximo de vacinas. Os primeiros testes em humanos da vacina italiana GRAd-Cov2 produzida pela ReiThera, apoiada pelo Ministério da Pesquisa, começaram em agosto no Centro de Pesquisa Clínica e Spallanzani, em Verona. Já a OMS lançou um ensaio internacional randomizado de vacinas candidatas, denominado Solidariedade, com o objetivo de coordenar a avaliação de segurança e eficácia para candidatas em fase de desenvolvimento, com vistas à cooperação internacional e eqüidade de acesso.

Com base nas informações atualmente disponíveis e na experiência anterior sobre os tempos de desenvolvimento de vacinas, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) estima que pode levar pelo menos um ano para que uma vacina Covid-19 esteja pronta para ser aprovada e estar disponível em quantidades suficientes para permitir o uso generalizado. Por outro lado, nos Estados Unidos o Governo Federal anunciou um projeto, denominado ‘Operação Warp Speed’, que visa reduzir drasticamente o tempo de desenvolvimento de uma nova vacina, de forma a tê-la disponível para todos os cidadãos americanos (cerca de 300 milhões de doses) até o final do ano ou início de 2021.

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