Na tentativa de conter a “terceira onda” da pandemia de covid-19 com o colapso do sistema de saúde francês que atingiu 90% dos lugares ocupados em cuidados intensivos, o presidente Emmanuel Macron anunciou novas restrições para todo país. Zona vermelha em toda a França começando no sábado (3) e por quatro semanas, e o fechamento das escolas por três semanas, começando na terça-feira (6). O bloqueio está atualmente em vigor em 19 departamentos, mas será estendido a toda a área metropolitana, disse Macron à nação em um discurso transmitido pela TV nesta quarta-feira (31).

“Vamos perder o controle da situação se não agirmos agora”, alertou Macron (os casos de contágio diário já são quase 60 mil), que admitiu ter cometido “erros” na gestão da crise, mas defendeu as extenuantes tentativas, apesar das críticas, de manter as escolas abertas até o fim, tornando a França uma exceção no cenário europeu.

As novas restrições incluem toque de recolher para todo o território das 19h às 6h, fechamento de algumas atividades comerciais e restrições de circulação sem auto-certificação num raio de 10 quilômetros de casa. As regras sobre viagens, porém, entram em vigor a partir de terça-feira. No final do fim de semana da Páscoa os franceses poderão circular entre regiões.

O fechamento das escolas foi a escolha mais dolorosa, mas invocada por muito tempo por diversos setores, incluindo cientistas e professores. A partir da próxima terça-feira, haverá uma semana de aprendizado à distância, depois duas semanas de ‘férias de primavera’ unificadas para todos; a partir de 26 de abril o regresso às aulas para o ensino infantil e o ensino básico, enquanto o ensino fundamental e secundário são retomados à distância.

Macron prometeu a reabertura parcial de restaurantes e da área cultural: “A partir de meados de maio começaremos a reabrir com regras estritas, certos locais de cultura, autorizaremos a abertura de espaços exteriores em determinadas condições e iremos construir um calendário gradual entre meados de Maio e o início do verão, que na Europa começa em junho.

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