O boom de infecções por coronavírus na França já ultrapassa 6 mil casos por dia e a partir de hoje uma medida inédita é acionada em Paris: todos devem usar máscaras nas ruas da capital e na maior parte dos subúrbios, como não havia sido visto nem mesmo durante o confinamento. Multa de 135 euros para quem tiver com o rosto descoberto, mesmo que de bicicleta, scooter ou ciclomotor. Toda a Europa está reagindo com medidas fortes à segunda onda de contágios: estádios vazios pelo menos até o final do ano na Alemanha, máscaras obrigatórias nas escolas espanholas desde o primeiro ano.

Até ontem, as “zonas vermelhas” eram as regiões de Paris e Marselha, aquelas com mais de 50 positivos em 100 mil habitantes. A partir de hoje, o mapa da França voltou a ficar colorido: outros 19 departamentos são “vermelhos”, um pouco espalhados pelo país. Por enquanto, a situação de internação e reanimação é tranquilizadora, os números estão estáveis ​​ou aumentaram muito pouco. Mas a França, com mais de 30.000 mortos, não quer mais arriscar nada.

Já a Alemanha, onde acontecem em média 1.500 casos por dia, voltou atrás no que diz respeito à reabertura dos estádios. Eles permanecerão fechados à torcida pelo menos até o final do ano. Veto a reuniões presenciais e uso de máscaras, com o anúncio de penalidades mais pesadas. Máscara desde a primeira série também na Espanha, onde todos os alunos voltarão às aulas. Há duas semanas, o país apresenta uma taxa de 190 casos por 100 mil habitantes, a maior da União Europeia. As infecções voltaram a crescer também na Grã-Bretanha: 1.522 casos nas últimas 24 horas, pelo segundo dia consecutivo com mais de mil, após semanas de desaceleração. Já na Itália, o número de novos casos voltou a subir. Foram 1.411 e 5 mortes. A idade média dos infectados no país caiu para 29 anos, reflexo da volta das férias.

Foto: Alxey Pnferov

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