Novas restrições aos contatos sociais em algumas áreas do Reino Unido devido ao aumento nas últimas semanas de infecções por coronavírus, Nesta terça-feira, o número de casos registrados foi de 7.143, um pico em quatro meses, e 71 mortes nas últimas 24 horas, de longe o mais alto desde antes do verão. As medidas dizem respeito à áreas do nordeste da Inglaterra onde a taxa de infecção continua superior à média nacional, onde a partir de hoje qualquer reunião privada e não profissional entre pessoas que não moram na mesma casa será legalmente proibida (no resto da Inglaterra, reuniões de até um máximo de 6 pessoas são possíveis mesmo que não morem juntas), com multas reforçadas em caso de violação.

As multas começarão a partir de 200 libras para a primeira transgressão atestada e depois dobrarão a cada reincidência até um máximo de 6.400 libras. Matt Hancock, Ministro da Saúde do governo de Boris Johnson, explicou que esta é uma medida necessária e decidida com base no que foi solicitado pelas próprias administrações locais. Os municípios e as regiões, porém, após ter dado o alarme nos últimos dias, agora acusam o governo central de ter agido de forma “caótica”, sem antecipar todos os detalhes às comunidades envolvidas e deixando margem para incertezas na atualização das diretrizes.

Enquanto isso, a Espanha é o país da Europa com o maior número de casos desde o início da pandemia: 716.48. A França por sua vez está em alerta vermelho. Enquanto a chanceler alemã Angela Merkel diz que está “muito preocupada” com um aumento exponencial que corre o risco de levar a Alemanha a ter os números da França até o Natal e as infecções voltam a disparar até na Rússia e outros países.

O vírus se espalha rapidamente na Espanha nos últimos dias, especialmente na região da capital Madrid, onde há um conflito entre a autoridade regional e o governo. Novas áreas, com milhões de cidadãos, foram proibidas de sair de seus bairros, exceto para trabalho, estudo ou tratamento médico, mas para o governo isso não é suficiente. O executivo do primeiro-ministro Pedro Sanchez evoca medidas drásticas, como assumir o controle da situação privando a autoridade regional. Entre as hipóteses está isolar todas as localidades com mais de 500 infectados por 100.000 habitantes.

Na França, o ministro da Saúde, Olivier Véran, descartou formalmente um lockdown nacional preventivo antes do Natal, conforme proposto por dois ganhadores do Nobel de economia. Quaisquer restrições a viagens durante os feriados de Todos os Santos entre o final de outubro e o início de novembro dependerão do governo francês “do que faremos nas próximas semanas”. Enquanto isso, as medidas restritivas decididas pelo governo para conter as infecções foram tomadas em Marselha e em sua região. Em Paris, entraram em vigor as novas disposições sobre o encerramento de bares e a proibição da venda de álcool a partir das 22h, bem como restrições semelhantes em todo o norte do país.

Foto: Daniel Chetroni

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