Nos primeiros três meses de 2022 houve mais imigrantes que tentaram atravessar o Canal da Mancha para chegar ao Reino Unido do que os identificados numa das rotas mais movimentadas do passado recente, a do Mediterrâneo central, que sai diretamente da Líbia e da Tunísia para a Itália e Malta. É o que apontam os dados da Frontex, a Agência Europeia de Controle de Fronteiras, que no seu último relatório reporta um aumento de 57% na imigração ilegal para a UE em relação ao ano passado,.

No primeiro trimestre de 2022, a Frontex registrou 40.300 passagens ilegais de fronteira na União Europeia, o número mais alto desde 2016, ano da crise síria. O aumento dos fluxos irregulares envolveu todas as principais rotas, com exceção do Mediterrâneo Central, que registrou um decréscimo de 17% em relação ao ano passado.

A situação é diferente para a rota do Canal da Mancha, aquela que vai do norte da França e da Bélgica ao Reino Unido. As partidas de barcos e botes quase triplicaram em relação aos primeiros três meses de 2021, chegando a quase 9 mil migrantes, dos quais quase metade atingiu a costa britânica (enquanto a outra metade foi bloqueada no início).

Foto: Fotos Públicas

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