O regulador de privacidade da Itália abriu uma investigação sobre as políticas do WhatsApp, um dia depois que a entidade pediu à Comissão Europeia para examinar os novos termos e condições, inicialmente definidos para entrar em vigor no próximo mês. O WhatsApp, uma subsidiária da gigante de mídia social Facebook, é a maior plataforma de mensagens digitais do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários mensais, de acordo com a empresa de dados Statista.

A empresa anunciou este mês que um novo conjunto de termos e condições entraria em vigor a partir de 8 de fevereiro. Na sexta-feira, a empresa anunciou que atrasaria a atualização planejada até pelo menos 15 de maio. Presumindo que a atualização entre em vigor, os usuários deverão concordar com os termos para continuar usando o serviço após essa data. Os novos termos e condições foram projetados para tornar mais fácil para a controladora Facebook usar o WhatsApp e outras subsidiárias, incluindo o site de postagem de fotos Instagram como serviços de pagamento, de acordo com analistas citados na mídia italiana.

Na União Europeia (UE), que aprovou uma lei de proteção de dados em 2018, as alterações nos termos e condições serão mínimas: o WhatsApp terá maior acesso a endereços de e-mail e informações limitadas no telefone onde o aplicativo está instalado, mas não será capaz de usar essa informação para publicidade direcionada. Mas fora da UE, essas informações podem ser usadas para fins de marketing.