O governo da Itália adiou nesta segunda-feira as eleições municipais em cerca de 1.100 cidades previstas para ocorrerem entre maio e junho deste ano. As novas datas serão entre setembro e dezembro devido ao coronavírus. O mesmo período valerá para as eleições em sete regiões do país.

Nesta terça-feira, 21.04, faz exatamente dois meses que a Itália conheceu o paciente número um de coronavírus. Foi em 21 de fevereiro na pequena cidade de Codogno, a cerca de 50 km de Milão. Nestes 60 dias morreram mais de 24 mil pessoas no país e 181 mil foram infectadas. Nas últimas 24 horas, caiu novamente o número de pessoas internadas em UTIs italianas: 2.537, menor número desde 20 de março. As vítimas fatais foram 454.

O Observatório Nacional da Saúde da Itália fez uma previsão de que o fim de novos contágios no país não ocorre antes de junho. As regiões que primeiro devem zerar os novos positivos deverão ser Basilicata e Umbria, ainda durante este mês. Já a Lombardia, primeira região e aquela que ainda tem mais casos, deverá demorar mais para conseguir frear a pandemia. Estima-se que até junho a região deverá continuar registrando novos casos.

As autoridades pensam em como retomar as atividades sem expor a população a uma nova onda de contágios.
Uma das possibilidades é um estímulo financeiro para que as famílias possam adquirir bicicletas elétricas, já que uma restrição de público em ônibus e metrôs será inevitável a partir da retomada das atividades econômicas, prevista para quatro de maio.

Foto: Evandro Fontana