O Ministro da Saúde da Itália Roberto Speranza, acredita que os italianos vão se vacinar sem a necessidade de impor a obrigação de vacinar. Até esta quarta-feira (13), o país vacinou 800 mil pessoas, sendo o país europeu mais adiantado no número de vacinados. Speranza afirmou ainda que a prorrogação do estado de emergência é “inevitável”. Ele disse à Câmara dos Deputados hoje que devido ao fato de “a epidemia estar novamente em fase de expansão” será “inevitável estender o estado de emergência até 30 de abril”, embora os membros do Comitê Técnico-científico do governo queiram prorrogar a medida até 31 de julho.

Quanto às vacinas, Speranza disse estar convencido de que “a grande maioria dos italianos decidirá vacinar sem recorrer à obrigação”. Ele ressaltou que para o governo o “objetivo da imunidade coletiva continua sendo fundamental” e que está trabalhando para persegui-la com toda a energia. Ele também defendeu evitar “uma guerra ideológica” entre os defensores da ciência e os “primitivos da caverna”.

O Comitê Técnico Científico desaconselha a flexibilização das medidas, pelo contrário, orienta o governo a prorrogar o estado de emergência por mais seis meses. Isso porque, segundo os cientistas, outras 14.000 infecções foram registradas em um dia e uma taxa de positividade que não caiu abaixo de 10% por vários dias. Mas o que mais chama a atenção são as 616 vítimas em 24 horas, para um total de 80.000 mortes desde o início da pandemia. Na próxima sexta-feira (15) o atual decreto de restrições do Primeiro-ministro Giuseppe Conte vai expirar, havendo a necessidade da introdução de novas medidas. A Itália tem adotado três faixas de restrições para as regiões do país: amarelo (mais brandas), laranja e vermelho (mais severas).

Foto: ZLLRBRT-Canva

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