O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, assinou na noite desta terça-feira (03.11) um novo decreto que impõe novas restrições no país. Haverá um toque de recolher obrigatório em âmbito nacional a partir das 22:00 que entra em vigor nesta quinta-feira (05.11). O país será dividido em três áreas conforme a gravidade do avanço do coronavírus. Verde para zonas onde a situação está mais controlada, laranja para áreas onde a covid avança e há possibilidade de atendimento hospitalar e vermelho para áreas onde o sistema de saúde pode entrar em colapso. As áreas que vão ter um lockdown mais rígido são Lombardia, Piemonte, Calábria e Vale d`Aosta. Nestes locais, o comércio e os serviços serão fechados e não será possível viajar de uma cidade à outra. Saídas de casa serão permitidas somente para aquisição de produtos essenciais, para ir à escola ou ao trabalho, a exemplo do que ocorreu no lockdown da primavera.

As viagens para regiões de risco serão limitadas, exceto por motivos de saúde, trabalho ou estudo. Além disso, o país também vai reintroduzir outras medidas tais como ensino à distância, capacidade máxima reduzida para 50% nos transportes públicos, fechamento de museus e exposições. Há uma semana, a Itália fechou os cinemas, teatros, ginásios e piscinas e proibiu os restaurantes e bares de receberem clientes depois das 18:00.

O país contabilizou 28.244 novos contágios pelo novo coronavírus num só dia, segundo os dados mais recentes, divulgados nesta terça-feira, um número que se mantém elevado, mas que ficou abaixo dos 31 mil casos diários verificados na semana passada. Desde o início da pandemia no país, em 21 de fevereiro, a Itália contabilizou 759.829 casos de covid-19, de acordo com o último balanço das autoridades italianas. A pressão sobre os hospitais continua a aumentar: dos atuais 418.142 casos ativos de covid-19 no país, mais de 23.000 estão hospitalizados e 2.225 são doentes que estão em unidades de cuidados intensivos.

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