A Itália deverá ampliar as restrições de circulação e funcionamento de atividades comerciais a partir da próxima semana em diversas regiões. O país monitora o aumento da variante inglesa do coronavírus que já é predominante em várias áreas. Além da velocidade de propagação, o vírus tem infectado mais jovens e crianças, fato que preocupa as autoridades quanto à continuidade das aulas presenciais. Nesta quarta-feira, a Itália registrou 21 mil novos casos de covid-19 e 347 mortes. A taxa de positivos tem aumentando e ontem chegou a 5,8% sobre os mais de 300 mil testes efetuados.

A expectativa é de que dois terços do país devam entrar em zona laranja ou vermelha, as que proíbem diversas atividades, como sair do município de residência, abertura de restaurantes e bares, além de aulas presenciais nas escolas. A única região classificada como branca na Itália é a ilha da Sardenha, onde o governo local impôs um rigoroso controle para entrada de pessoas.

Em cidades como Brescia e Lodi, na Lombardia, no norte italiano, diversos hospitais começam a enfrentar um drama semelhante ao vivido em março do ano passado, com sobrecarga de pacientes e necessidade de ampliação de leitos de UTI. A variante brasileira também já foi detectada na Itália, mas por enquanto os órgãos de controle não detectaram a transmissão local, apenas casos importados e que estão sendo monitorados.

Atualmente, as únicas duas zonas vermelhas são a Basilicata e o Molise, no sul do país. Na zona laranja estão Abruzzo, Campânia, Emilia Romagna, Lombardia, Marcas, Piemonte, Toscana, Bolzano, Trento e Úmbria. O Primeiro-ministro Mario Draghi também deve anunciar nos próximos dias um decreto que prevê ressarcimentos aos estabelecimentos que tiveram suas atividades temporariamente suspensas devido à pandemia. Além de restaurantes e bares, também sofrem com as restrições: academias, feiras, piscinas, pistas de esqui, teatros, museus, casas de espetáculo, dentre outros. Até o momento, a Itália vacinou com a primeira dose cerca de 5 milhões de pessoas, o que corresponde a 8% de sua população.

Foto: Anpas

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