A segunda onda do coronavírus na Itália, considerando o mesmo número de dias, afetou um número 8 vezes maior do que a primeira . Este aspecto foi destacado pelo Focus of Instant Report Covid-19, uma iniciativa da Escola Superior de Economia e Gestão de Sistemas de Saúde da Universidade Católica de Milão. Especialistas já falam da possibilidade de uma terceira onda de contágios na Europa a partir de março.

Na primeira onda, de 24 de fevereiro a 11 de junho, 236.134 pessoas foram infectadas e na segunda, de 14 de setembro a 31 de dezembro, o número de infectados foi de 1.822.841. “A pandemia é uma só – disse Américo Cicchetti, coordenador do grupo de estudos – mas parecem quase dois eventos diferentes. Se a primeira onda atingiu seu pico em poucas semanas, a segunda é caracterizada por uma onda longa, que atingiu o platô mais lentamente.

O pico de mortes em um dia na primeira onda foi alcançado após 33 dias (989 pessoas) e vem diminuindo continuamente desde então. Na segunda onda, o pico de 993 mortes em um dia foi alcançado após 81 dias e a tendência permaneceu flutuante. A relação entre os internados em terapia intensiva e o número de positivos também é diferente: na primeira onda atingiu no máximo 11,8% no 12º dia e depois diminuiu; na segunda onda a tendência foi mais estável em torno de 0,5% dos positivos.

Nesta quarta-feira a Itália registrou mais 15.774 contágios e 507 mortes. Desta forma, o total de contagiados no país desde o início da pandemia chegou a 2.319.000 e o número de mortos ultrapassou a marca de 80.000.

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