A Itália superou nesta sexta-feira os 5.300 novos contágios por coronavírus e deve adotar medidas restritivas mais severas nas próximas horas. Desde 28 de março, no auge da pandemia, o país não registrava números tão elevados. A curva de mortes também tem subido. Foram 28 nas últimas 24 horas.

Desde a última quinta-feira os italianos já são obrigados a utilizarem máscaras também em locais abertos e as novas restrições podem atingir funcionamento de academias, bares, restaurantes e atividades religiosas. Também está em estudo uma nova diminuição da capacidade de uso do transporte coletivo para 50%, número que foi elevado a 80% com o relaxamento das restrições a partir de meados de setembro.

A Lombardia, no norte do país, foi a região que mais contribuiu com novos casos nesta sexta-feira: 983. Depois aparecem Campânia, Vêneto e Lazio. Nesta semana o governo do Primeiro-ministro Giuseppe Conte aprovou no parlamento a extensão do estado de emergência até 31 de janeiro de 2021. Dúvidas também quanto à continuidade do ano letivo. Embora o Ministério da Educação insista em dizer que não com os protocolos em vigor não há motivo para preocupação, aumenta diariamente o número de escolas obrigadas a retomarem aulas on-line em virtude de focos de contágios entre professores e alunos. Em Milão, uma das mais prestigiadas univesidades de negócios, a Bocconi tem quase 200 estudantes em quarentena numa residência universidade depois que alguns deles testaram positivo para coronavírus.

Na Europa, a França superou novamente os 20 mil contágios nesta sexta-feira e a Espanha superou novamente os 10 mil. Reino Unido, Bélgica, Alemanha, República Tcheca e Países Baixos também convivem com forte crescimento na curva de contágios. Ontem, a Europa superou pela primeira vez em todo o período da pandemia a marca de 100 mil contágios.

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