A Itália entrou nesta terça-feira no segundo dia de abertura do comércio, bares e restaurantes. Embora o movimento tenha aumentado muito em praticamente todas as cidades, a normalidade ainda está distante de chegar. As pessoas estão ainda amedrontadas com o coronavírus e cerca de 40% dos estabelecimentos optaram por não reabrir neste primeiro momento de acordo com informações das entidades representativas.

Os principais motivos para isso são as incertezas quanto à responsabilização dos proprietários, caso algum cliente seja contagiado dentro do estabelecimento e também a falta de turistas. Cidades como Veneza, Roma e Florença têm sua economia baseada na presença de turistas estrangeiros. Como a Itália continuará fechada até dois de junho para viagens dentro da Europa, muitos estabelecimentos turísticos optaram por manter suas portas fechadas. E os que não dependem diretamente do turismo estão sendo prejudicados pelo trabalho em sistema home office que acabou tirando boa parte do público habitual. A Itália tem anualmente 480 milhões de presenças. Nos meses de março e abril, o turismo deixou de existir no país e agora deve ser retomado gradualmente. O setor representa 15% do Produto Interno Bruto italiano.

É a economia que monopoliza os noticiários da imprensa europeia nesta fase de convivência com o coronavírus. A indústria automobilística anunciou uma queda de 78% nas vendas de abril na Europa e de quase 40% nos primeiros quatro meses do ano. Foram vendidos apenas 292 mil veículos, contra 1,3 milhão no mesmo período de 2019.

Foto: (Porto Fino, Ligúria, Itália) Evandro Fontana

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