Diversos líderes europeus, dentre os quais o Presidente Francês Emmanuel Macron e a Chanceler alemã Angela Merkel, pediram à União Europeia que se prepare melhor para a segunda onda de contágios do novo coronavírus. Partindo do princípio de que a Europa não esteve à altura do desafio do enfrentamento da covid-19, os líderes entendem que é preciso uma coordenação maior entre os membros do bloco para a segunda onda de contágios prevista para o outono que começa no final de setembro. A resposta caótica ao coronavírus que causou no continente 180 mil mortos suscitou questionamentos sobre o nível de preparação para este tipo de emergência. Uma carta enviada a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen pede uma aproximação entre os países do bloco para enfrentar os novos desafios que virão.

Áustria e Grécia anunciam fim de restrições aos italianos

A Itália, que ontem teve 79 mortos por coronavírus, terá a fronteira com a Áustria liberada no próximo dia 16 de junho. A Grécia também anunciou a possibilidade de receber os italianos com relaxamento de medidas restritivas a partir do dia 15 deste mês. A União Europeia havia condenado a atitude dos dois países por restringir a circulação dentro da Área Shengen, acordo que libera totalmente as fronteiras nos países do continente há várias décadas. A Itália tem atualmente 32 mil pacientes positivos de covid-19.

França vai investigar responsabilidades na gestão da pandemia

A Procuradoria de Paris anunciou nesta terça-feira a abertura de um inquérito à gestão da pandemia associada ao coronavírus na França, após 50 denúncias de homicídio culposo. Para a procuradoria, o inquérito não definirá responsabilidades políticas ou administrativas. O objetivo é identificar eventuais infrações penais de decisões tomadas por membros de ministérios, responsáveis administrativos ou cargos públicos. A investigação não abrange o Presidente, protegido por imunidade, nem os membros do Governo, sobre os quais apenas pode pronunciar-se o Tribunal da Justiça da República, que recebeu 80 queixas relativas à gestão da crise provocada pela pandemia de covid-19.

Foto: Arquivo Franciediplomatie

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