As medidas adotadas pela Itália para tentar conter a segunda onda do coronavírus começam a surtir efeitos. Desde o último dia cinco de novembro, as regiões estão divididas em três faixas conforme a intensidade do risco de propagação do coronavírus e o país adotou um lockdown light, com algumas atividades econômicas suspensas e outras em pleno funcionamento. De acordo com o coordenador das ações do governo, Domenico Arcuri, não há pressões nas UTIs e o número de casos diários começa a apresentar queda. Segundo ele, a Itália possui 10 mil leitos de UTI e no próximo mês chegará a 11,3 mil.

Antes da pandemia, o país tinha cerca de cinco mil leitos, fato que contribuiu para o colapso do sistema de saúde nos meses de março e abril. Ontem a Itália teve 27.354 casos de covid e 504 mortes. Ainda são números elevados, mas menores daqueles verificados na semana passada, quando num único dia houve recorde superior a 41 mil casos de infecções. Em algumas regiões, como na Campânia, no sul do país, a pressão sobre os hospitais é maior. Neste caso, foram registradas filas de ambulâncias e pacientes recebendo oxigênio nos veículos por falta de leitos.

A Itália também aprovou nesta segunda-feira um novo pacote de medidas econômicas para ajudar famílias e empresas a superar a crise em 2021. Serão mais 38 bilhões de euros, cerca de 250 bilhões de reais de recursos. Uma das medidas envolve a proibição das demissões até março do próximo ano, com a extensão do período de seguro-salário para trabalhadores mais afetados pela pandemia.

Foto: Comune di Venezia

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