A cidade de Milão, na Itália, uma das áreas mais atingidas pelo coronavírus, inicia a fase dois de convivência com o covid-19 nesta segunda-feira, 04.05. E a prefeitura fará uma aposta no transporte em duas rodas. Preocupado com a sobrecarga que deve ocorrer no transporte coletivo, o prefeito Giuseppe Sala já colocou em prática um plano para ampliar em 35 km as pistas exclusivas para bicicletas e patinetes. Também vai aumentar em oito mil o número de bicicletas de aluguel na cidade e em mais de 3,5 mil o total de patinetes. Se você mora a um quilômetro do seu trabalho, vá a pé. Caso não seja possível, vá de bicicleta, diz ele.

O projeto também cria zonas de vias com velocidade moderada, onde os veículos somente poderão transitar a 30 km|h. Em vários pontos os passeios públicos para os pedestres estão sendo ampliadas através de marcações especiais para garantir o deslocamento com a observância do distanciamento social.

Milão vai ampliar calçadas com marcações especiais em vários pontos para que as pessoas cumpram o distanciamento mínimo de um metro. Imagem: Comune di Milano

Milão tem 1,4 milhão de habitantes. É a capital da Lombardia, no norte da Itália. Habitualmente a cidade tem um trânsito bastante intenso, já que mais de um milhão de pessoas se deslocam diariamente para o município devido ao turismo ou para trabalhar. A cidade conta com quatro linhas de metrô – uma quinta está em construção – e sistemas de transporte de veículos leves sobre trilhos e ônibus. Até o final de 2021 todos os ônibus de Milão deixarão de utilizar combustíveis fósseis. Boa parte da frota já circula com a utilização de veículos elétricos ou a hidrogênio.

O VLT (Tram) de Milão.

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