A Lombardia, região mais atingida pelo coronavírus, quer retomar as atividades a partir de quatro de maio. Em um documento encaminhado ao governo central italiano estão expostas as diretrizes de uma nova normalidade. São previstos os chamados quatro Ds: distanciamento, dispositivos, digitalização e diagnósticos. Para evitar superlotação no transporte público, os estabelecimentos deverão abrir de forma escalonada durante a semana. Ônibus e metrôs terão restrição no número de passageiros. A máscara continuará sendo item obrigatório e haverá regras especiais para o deslocamento dos grupos de risco, sobretudo idosos. As crianças, que completam na próxima semana dois meses em casa, devem ser liberadas em horários específicos para frequentarem os parques. Mas volta às aulas somente em setembro, após o período de férias.

Nesta quarta-feira a Itália continuou colhendo bons frutos do lockdown. Registrou o menor número de novos casos em termos absolutos em mais de um mês. Foram 2.667 novos casos ou 1,6% a mais em relação ao dia anterior, menor índice diário desde 28 de fevereiro. Já o número de mortos continua elevado. Foram 578 nas últimas 24 horas. Porém, quase 40 mil pessoas já foram curadas no país.

E o núcleo da Polícia Econômico-Financeira da Guarda de Finanças investiga asilos de toda a Itália para verificar as centenas de mortes que ocorreram nestes estabelecimentos. Foram encontradas 212 irregularidades. Os problemas mais comuns: ausência de quantidade suficiente de profissionais, superlotação, inadequação da estrutura física e de gestão. Pelo levantamento, quase 1.500 idosos morreram de coronavírus nestes estabelecimento em menos de dois meses.

Foto: Anna Shvets