Novos sinais de aumento da radioatividade em um dos reatores desativados da usina de Chernobyl, cuja explosão causou o primeiro e maior desastre nuclear da história em 1986, estão causando grande preocupação na Ucrânia. Vários cientistas ucranianos do Instituto de Pesquisa Local alertaram, já no mês passado, que os sensores estavam detectando um aumento na atividade de nêutrons na sala 305, que não foi visitada por humanos ou robôs, desde a tragédia que ocorreu há quase 40 anos.

A sala está localizada sob o reator destruído e não pode ser acessada devido aos níveis de radiação mortais e concreto que foi derramado nela durante a operação de limpeza inicial. O medo é que um evento crítico possa agora ser acionado naquele local, como por exemplo , níveis de radiação que sobem 10 vezes mais do que o normal, ou que as paredes do orifício do reator, já danificadas, possam colapsar.

A usina, desde 2019, está totalmente envolta em uma estrutura de aço conhecida como New Safe Confinement, instalada para evitar que a chuva ou qualquer elemento externo alimente as reações de fissão. O aumento na “densidade do fluxo de nêutrons”, se significativo poderia indicar uma reação nuclear descontrolada, mas ainda não apresenta uma ameaça com base em modelos matemáticos. Mas as coisas podem mudar. Um dos problemas é que no momento não é possível determinar com precisão a situação sob o bloco destruído.

Foto: Alex Kühni/ Flickr Commons

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