Um estudo liderado pela Escola de Imunologia e Ciências Microbianas do King´s College, de Londres, apontou que a imunidade ao covid-19 pode durar apenas alguns meses, com risco posterior a uma nova contaminação. A pesquisa examinou os níveis de anticorpos de mais de 90 pacientes e profissionais de saúde da Fundação de Guy e St Thomas no NHS – o serviços nacional de saúde do Reino Unido – entre março e junho. É o primeiro estudo a monitorar pacientes por esse período de tempo.

O estudo monitorou 64 pacientes e seis profissionais de saúde que apresentaram resultado positivo para o vírus, além de 31 funcionários adicionais que se ofereceram para realizar testes regulares de anticorpos. A pesquisa mediu a ligação de anticorpos às proteínas virais e também a capacidade dos anticorpos para interromper a infecção por SARS-CoV-2 das células alvo.

Os resultados mostram que os níveis de anticorpos que podem combater o vírus atingiram o pico três semanas após o início dos sintomas e depois diminuíram. Três meses depois da contaminação, apenas 17% dos que contraíram o vírus ainda apresentavam a mesma resposta imunitária. Os níveis de anticorpos foram mais altos em pacientes com doença mais grave, porém não está claro o porquê. Alguns indivíduos que desenvolveram anticorpos eram assintomáticos.

As respostas de anticorpos a outros coronavírus humanos, como SARS-CoV e coronavírus sazonais, diminuem com o tempo, de 12 semanas a 12-34 meses após a infecção. O estudo pode levar a conclusão de que uma futura vacina contra o coronavírus precisará ser aplicada em duas ou mais doses anuais.

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