A pandemia de coronavírus continua a se espalhar pelo mundo e já registra 971 mil mortos. Na França: 10.008 novos casos positivos para covid foram registrados nas últimas 24 horas e 68 pessoas morreram. “Esta crise exige cooperação, exige inventar novas soluções internacionais, acredito na ciência e no conhecimento, somente assim a humanidade vencerá esta pandemia e será encontrado um remédio”, disse ontem o presidente francês Emmanuel Macron em discurso na Assembleia Geral da ONU.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos o número de mortos por covid-19 passou de 200 mil, mais de 20% de todas as mortes do mundo, apesar do país ter somente 5% da população mundial. De acordo com os últimos dados coletados pela Universidade Johns Hopkins, o marco foi alcançado quase sete meses após o anúncio da primeira morte no final de fevereiro. Os Estados Unidos têm o maior número de mortos do mundo (cerca de 70 mil a mais do que o Brasil, em segundo lugar), bem como um dos piores números per capita.

Itália

Na Itália, no entanto, nas últimas 24 horas foram registrados 1.392 novos casos e 14 mortos, dados que têm se mantido estáveis nos últimos dias. O Primeiro-ministro Giuseppe Conte se irritou ontem ao chegar ao Palácio Chigi, sede do governo italiano. Ao ser questionado por um cidadão pedindo se não era a hora de abandonar o uso das máscaras, Conte pediu a ele que “lesse sobre o número de contágios”. Em seguida o cidadão voltou a interpelar o premier afirmando que alguns médicos dizem que a covid não existe, ao que Conte rebateu – “Mas como não existem ? Olhe os números, nós somos sérios. Ou os mortos também não existem ? Não digamos bobagens”, concluiu ele.

Espanha

Na comunidade autônoma de Madrid, capital da Espanha, aproximadamente 850.000 habitantes cumprem as medidas restritivas impostas para conter a propagação da Covid-19. Os habitantes das 37 áreas com restrições não podem sair da sua zona, a não ser por motivos de comprovada necessidade, como ir ao médico ou ao trabalho.

No entanto, os cidadãos não são aconselhados a deixarem suas casas. As áreas selecionadas são aquelas que registraram uma incidência superior a 1.000 casos por 100.000 habitantes continuamente nos últimos 14 dias. Foi organizada uma manifestação em frente à sala da assembleia em Madrid para protestar contra as novas medidas, definidas como “ineficazes e discriminatórias”.

A maioria dos bairros afetados pelas restrições teria alta concentração de moradores com renda abaixo da média nacional e alta densidade populacional. Os manifestantes acusaram o governo do primeiro-ministro Pedro Sanchez, do Partido Socialista, de não fazer o suficiente para conter a pandemia. Em seguida, pediu mais investimentos nos setores de transporte público e saúde. A Espanha está experimentando uma segunda onda de propagação do vírus, depois da última primavera. Até o momento, os casos de contágio confirmados de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) ultrapassam 640 mil, o maior número da Europa.

Foto: Ashok Adepal

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