“Lockdown total e em todo o país”. É o que pede o presidente da Federação Nacional das Ordens Médicas da Itália (Fnomceo), Filippo Anelli. Segundo ele há uma escassez de médicos especialistas, enquanto 23 mil médicos formados aguardam para se especializar. Anelli pede para o governo contratar todos eles.

“Infelizmente, os dados desta semana não nos fazem prever nada de bom. Em média registramos na última semana 1.000 hospitalizados por dia, 110 em terapia intensiva, 25.000 em isolamento domiciliar e mais de 300 mortes por dia: em um mês, se essa tendência permanecer inalterada, teremos mais 10.000 mortes e ultrapassaremos o limite fatídico de 5.000 leitos em terapia intensiva”.

“O cenário que se avizinha é dramático, não só para o tratamento dos pacientes covid, mas acima de tudo para o tratamento de todos os pacientes que tenham outras doenças”, continua Anelli, que voltou a pedir um lockdown nacional. Atualmente a Itália está dividida em três áreas. Amarela, com medidas restritivas brandas, laranja com restrições noturnas e vermelha com suspensão de atividades de comércio e direito de ir e vir entre uma cidade e outra, a não ser por questões relacionados ao trabalho ou de saúde. Apenas indústrias e serviços essenciais estão funcionando. Neste fim de semana, após Vale d`Aosta, Lombardia, Piemonte e Calábria, o Trentino Alto-Adige foi colocado em lockdown, sendo enquadrado na zona vermelha.

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