A França registrou 46.290 novos positivos para coronavírus nas últimas 24 horas, atingindo 1,41 milhão de infecções desde o início da pandemia, de acordo com dados divulgados pelas autoridades de saúde. A França é o país europeu com o maior número de casos e iniciou um segundo lockdown na última sexta-feira.
Na Itália, o Primeiro-ministro Giuseppe Conte deve anunciar um novo decreto ainda mais restritivo nesta segunda-feira. Neste domingo foram registrados quase 30 mil novos casos de covid e 208 mortes. Há resistência dos partidos de oposição e manifestações nas ruas italianas desde a semana passada contra as medidas. Agora, o governo tenta obter apoio das regiões, pressionadas com aumento de internações nos hospitais.
Na Alemanha, foram registrados 14.177 novos casos de coronavírus e 29 mortes, segundo dados do Instituto Robert Koch. Ao todo, são 532.930 infecções no país, enquanto os óbitos chegam a 10.481. As novas restrições contra a pandemia do coronavírus custarão à economia alemã cerca de 19 bilhões de euros e 600 mil empregos, segundo cálculos dos institutos de pesquisa econômica. De acordo com o Instituto de Estudos Econômicos de Berlim (Diw), hotéis e restaurantes serão os setores mais afetados, com uma queda no faturamento de 5,8 bilhões de euros. Queda de 55% em relação à média trimestral. A indústria, por outro lado, vai registar uma quebra de cerca de 5,6 bilhões de euros, o da cultura 2,1 bilhões de euros e o comércio 1,3 bilhões de euros.
O restante vai faltar nos setores de serviços e logística. Segundo o diretor do Instituto de Economia Alemã de Colônia, Michal Huther, as restrições farão com que o PIB alemão perca um ponto, o que se traduz em 591 mil novos desempregados. As estimativas referem-se à premissa de que as medidas durarão apenas até o final de novembro.
Na Espanha neste domingo foi registrada a segunda noite de protestos em várias cidades contra as medidas anti-covid. Em Madri, uma manifestação pacífica acabou em confrontos entre pequenos grupos e policiais. Cerca de trinta pessoas foram presas e três policiais ficaram feridos depois de cenas de violência com lançamento de pedras, lixeiras incendiadas e vitrines quebradas. Novos protestos também ocorreram em Barcelona, onde houve uma prisão. No dia anterior, 20 policiais e sete manifestantes ficaram feridos, enquanto 15 pessoas foram presas. O protesto foi organizado pela extrema direita.
Já na Inglaterra, o lockdown anunciado para durar um mês, até 2 de dezembro, pode ser prorrogado, se necessário. Michael Gove, o expoente do governo de Boris Johnson, defendeu a medida de fechamento à qual se opôs nos últimos dias. “A situação estava pior do que o esperado”, explicou.
Foto: Fotomovimiento
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