As manifestações de pessoas contrárias a exigência do Green Pass vacinal na Itália que vinham ocorrendo pacificamente ganharam contornos violentos neste final de semana. No sábado, em Roma pelo menos 12 pessoas foram presas. A sede de um sindicato foi invadida e destruída por grupos neofascistas. Manifestantes chegaram a invadir um pronto-socorro para retirar de lá uma pessoa anti-vacina ferida. Em Milão, os manifestantes tentaram entrar à força na estação central de trens, mas foram contidos pela polícia.

Os manifestos tornaram-se mais violentos porque os chamados no vax terão restrições ainda mais severas a partir da próxima sexta-feira na Itália. O certificado vacinal passará a ser exigido para todos os trabalhadores, públicos e privados, acessarem seu local de trabalho. Pelo menos 8 milhões de pessoas ainda não se vacinaram na Itália e políticos e especialistas estão prevendo situações preocupantes a partir desta data, visto que a legislação é bastante rigorosa com corte de salários e demissões de quem não se enquadrar na norma. Além da vacina, outra forma de obter o certificado é com a realização de um teste molecular que atualmente tem validade de 48 horas.

O governador da Região do Vêneto, Luca Zaia, adiantou que a estrutura pública não será capaz de atender a demanda é que preciso encontrar alternativas. Alguns políticos defendem uma ampliação do prazo de validade dos testes para 72 horas. A Itália vacinou até o momento 80% do público-alvo com as duas doses da vacina anti-covid e 85% com ao menos uma dose.

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