A segunda onda da pandemia de coronavírus também envolve a Suécia. Se durante o primeiro período de contágios o país não aplicou medidas de lockdown – único na Europa que não impôs máscaras, distanciamento social e fechamento de lojas e restaurantes – nos últimos dias, regras mais restritivas foram estabelecidas. De fato, há preocupação no país escandinavo, onde os pacientes de covid internados em hospitais aumentaram 60% em relação à semana passada.

De acordo com dados do Centro Europeu de Controle de Doenças, é a maior aceleração da Europa. Mesmo para as autoridades de saúde locais a situação atual “é muito grave”. “Esperamos que mais pessoas sejam hospitalizadas nas próximas semanas”, anunciou Björn Eriksson, diretor de serviços de saúde em Estocolmo, sugerindo que a almejada imunidade coletiva que a Suécia esperava alcançar no início da pandemia ao não impor um lockdown está longe de ser alcançada.

As infecções diárias também estão aumentando, com uma média de mais de 4.000 contra 500 no início de abril: 4.635 foram registradas nesta quinta-feira (12.11). A taxa de mortalidade sueca é muito maior do que a de seus países vizinhos, mas menor do que na Itália, Espanha e Grã-Bretanha. As novas restrições incentivam os suecos a evitarem shoppings, museus, bibliotecas, academias e hotéis. Os cidadãos são convidados a preferir um trabalho em home office, a não sobrecarregar os meios de transporte e a não encontrar pessoas fora da sua própria família.

Foto: ronnieechua-canva

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