O número de casos de covid na Europa disparou novamente em vários países. Tudo devido à variante Delta com origem na Índia e que pegou muita gente que  não tomou a vacina ou que fez somente a primeira dose. Por sorte, a letalidade tem sido bem menor.  O Reino Unido, por exemplo, registrou 51.870 novos casos nesta sexta-feira (16), o número mais alto desde 15 de janeiro, e 49 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas.

Nos últimos sete dias, entre 10 e 16 de julho, a média diária foi de 40 mortes e 39.714 casos, o que corresponde a uma subida de 57,4% no número de mortes e de 34,9% no número de infecções relativamente aos sete dias anteriores. Na próxima segunda-feira (19) o Reino Unido libera geral mesmo com esta incidência de covis. Não será mais preciso nem o uso de máscaras em lugares fechados, algo que tem recebido duríssimas críticas de cientistas preocupados no surgimento de variantes do vírus ainda mais resistentes.

A incidência acumulada na Espanha subiu nesta sexta (16) para 537 casos por 100.000 habitantes nas últimas duas semanas, num dia em que houve 31.060 novos casos de covid-19 e 12 mortes. Entre os jovens de 20 a 29 anos o número de infectados continua sendo muito alto. O segundo grupo mais atingido é o dos jovens de idades entre 12 e 19 anos, faixa etária em que se registram 838 casos por cada 100.000 pessoas nos últimos 14 dias.

A Itália também assiste a um crescimento dos números da pandemia. 2.898 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número diário desde 30 de maio e ainda 11 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Estes dados mantêm a alta tendência dos contágios no país, onde a variante Delta representa mais de 30% dos positivos e está em expansão. O Ministro da Saúde Roberto Speranza não descarta a retomada de medidas restritivas.

O certo é que deverá haver uma mudança na forma de estabelecer restrições. Até agora a Itália tem utilizado fundamentalmente três fatores: quantidade de casos, o índice RT – que identifica para quantas pessoas um infectado transmite o vírus – e e a incidência por 100 mil habitantes. A partir de agora, com o avanço da vacinação no país, o fator determinante deverá ser o índice de hospitalizações, visto que os contagiados apresentam menos sintomas graves do que nas ondas anteriores. Nesta sexta-feira (16) a Itália superou a marca de 60 milhões de doses aplicadas numa proporção de uma para cada habitante do país. Quase 50% já receberam as duas doses.

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