Falta pouco tempo para o referendo italiano, nos dias 20 e 21 de setembro, que vai confirmar ou rejeitar a lei que prevê o corte de parlamentares, aprovada em outubro passado. Com esta reforma, a composição do Parlamento é redesenhada: são menos 345 cadeiras previstas, precisamente 115 senadores e 230 deputados, com uma economia estimada de 100 milhões de euros brutos por ano, cerca de 650 milhões de reais.

Mas não faltam vozes contrárias ao corte de parlamentares. Para muitos juristas e para as forças da oposição, reduzir o número de deputados e senadores significa comprometer a representação popular em face de uma pequena economia para os cofres do Estado.
A nova composição do Parlamento não entrará em vigor imediatamente, mas sim no momento da dissolução das casas no final do mandato ou por outros motivos. A redução do número de parlamentares sempre foi um dos pontos fortes do Movimento 5 Estrelas, partido antissistema que lidera a coalizão de governo, uma reforma que nenhum outro partido conseguiu realizar.

Desta vez, o objetivo foi alcançado: com 553 votos a favor e 14 contra, a redução de assentos no Parlamento é lei desde 8 de outubro de 2019, mas é necessária a confirmação popular através de um referendo. Se a lei for confirmada, o corte de cadeiras entraria em vigor a partir das próximas eleições políticas. O novo Parlamento da Itália, se aprovado no referendo, será composto por 200 senadores e 400 deputados.

Foto: Camera dei Deputati

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